O LABSOLDA faz parte da Move, nova unidade da Embrapii na UFSC

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A Move – Unidade Embrapii de Máquinas e Equipamentos para Mobilidade agrega diferentes Departamentos da UFSC. O LABSOLDA-EMC, Instituto de Soldagem e Mecatrônica também faz parte da Move atuando nas áreas de processos de fabricação e sistemas de manufatura.

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) agora é sede de uma nova unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). A Move – Unidade Embrapii de Máquinas e Equipamentos para Mobilidade reúne 13 laboratórios, vinculados aos departamentos de Engenharia Mecânica e de Informática e Estatística, com a proposta de oferecer soluções completas de projetos para empresas. A iniciativa baseia-se na colaboração entre universidade e indústria e é desenvolvida no âmbito do Rota 2030, programa federal que visa ao desenvolvimento do setor automotivo do país e à ampliação de sua inserção global.

A unidade trabalhará a partir de demandas da indústria, com projetos integrados divididos em três linhas: veículos e equipamentos para movimentação de cargas e pessoas; dispositivos e equipamentos para conversão de energia e propulsão; e processos de fabricação e sistemas de manufatura e materiais. O diretor da Move, o professor do Departamento de Engenharia Mecânica Rodrigo de Souza Vieira, esclarece que a ideia é gerar soluções inovadoras, na área de máquinas e equipamentos, para empresas que atuem em toda a cadeia da mobilidade, o que inclui desde fabricantes de automóveis até produtores de implementos agrícolas.

A Move congrega cerca de 120 pessoas, entre professores, pesquisadores e estudantes, dos laboratórios de Robótica Aplicada Raul Guenther (LAR), de Combustão e Engenharia de Sistemas Térmicos (Labcet), de Materiais (Labmat), de Metrologia e Automatização (Labmetro), de Tubos de Calor/de Engenharia de Processos de Conversão e Tecnologia de Energia (Labtucal/Lepten), de Caracterização Microestrutural (LCM), de Mecânica de Precisão (LMP), de Sistemas Hidráulicos e Pneumáticos (Laship), de Integração Software e Hardware (Lisha) e de Processamento de Imagens e Computação Gráfica (Lapix), do Instituto de Soldagem e Mecatrônica (Labsolda), do Núcleo de Desenvolvimento Integrado de Produtos (Nedip) e do Grupo de Qualidade de Software (GQS).

A proposta funcionará em um sistema de coparticipação. A Universidade disponibiliza parte de sua estrutura, equipamento e pessoal, enquanto a Embrapii e o setor privado entram com os recursos financeiros.

Para o pró-reitor de Pesquisa, Sebastião Roberto Soares esse é um arranjo que beneficia todos os envolvidos. “A política da Embrapii visa estabelecer parcerias mais ágeis entre universidades e empresas, contribuir com a busca de investimentos duradouros, sustentáveis e com uma política nacional de ciência e tecnologia". Salientando a importância da contribuição entre governo, academia e indústria para a produção de novos conhecimentos, a inovação tecnológica e o desenvolvimento econômico e social.

“A universidade ganha porque começa a criar novas parcerias fora dela, a gente fala inclusive na injeção de recursos na universidade, consegue trazer mais recursos para a universidade, para melhorar laboratórios, e consegue dar uma melhor formação para os nossos alunos, porque a gente consegue envolver esses alunos nesses projetos”, afirma Rodrigo.

As empresas, por sua vez, aproveitam o contato direto com a academia. “A universidade sempre é uma geradora de conhecimento, então a empresa também pode absorver parte desse conhecimento para agregar valor aos seus produtos. E, obviamente, a empresa ganhando, ela vai abrir seus mercados, aumentar suas vendas e gerar mais postos de trabalho. E aí o que acontece? A sociedade acaba ganhando por consequência, porque a gente gera conhecimento, emprego e riqueza no país. Esse dinheiro da Embrapii, que vem do governo, é a contrapartida do governo, acaba depois voltando para o governo na forma de impostos, porque a empresa está vendendo mais, está gerando mais impostos. A empresa está empregando mais gente, que também está pagando mais impostos. Acaba gerando mais riqueza e o país inteiro ganha nesse sentido”, destaca Rodrigo.

Fonte:
Camila Raposo/Jornalista da Agecom/UFSC
https://noticias.ufsc.br/2021/08/embrapii-credencia-unidade-na-ufsc-para-projetos-com-a-industria-na-area-de-mobilidade/