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O Ministério da Economia, por meio do Instituto Nacional da Propriedade Industrial, concedeu à UFSC na data de 28 de abril de 2020 a PATENTE DE INVENÇÃO intitulada PROCESSO DE SOLDAGEM POR CURTO-CIRCUITO CONTROLADO.
A invenção patenteada refere-se a um processo de soldagem a arco elétrico com alimentação contínua de arame-eletrodo e proteção gasosa, que apresenta modo de transferência metálica por curto-circuito e controle de corrente numa forma de onda particularmente desenvolvida, a partir de um sistema de monitoração e controle, e método próprio, que proporciona melhor qualidade à soldagem de chapas metálicas de pequena espessura e passes de raiz, com resultados mais uniformes, maior velocidade da soldagem, ambiente menos insalubre e mais produtividade.
Desenvolvida desde 2005 pelo LABSOLDA, Instituto de Soldagem e Mecatrônica do Departamento de Engenharia Mecânica (EMC), a invenção teve como autores Jair Carlos Dutra; Raul Gohr Júnior; Régis Henrique Gonçalves e Silva; Moises Alves de Oliveira. A patente concede a propriedade da invenção à UFSC por dez anos, contados a partir da data em que a carta de patente foi expedida 28/04/2020.
O objetivo da invenção foi permitir a aplicação de um processo de soldagem com alimentação contínua de material, permitindo maior rapidez da soldagem, assim maior produtividade, e concomitantemente maior qualidade, com resultados mais uniformes, raio mais arredondado (melhor geometria) na transição entre o reforço e a peça e menos insalubridade do ambiente de trabalho, nas soldas de chapas finas e passes de raiz, evitando os inconvenientes acima citados.
Isso se dá pela aplicação de um sistema de monitoração e controle, que monitora o estado instantâneo da soldagem e controla a corrente de soldagem, impondo uma forma de onda otimizada, a qual atua se adaptando, de acordo com método próprio desenvolvido, à situação momentânea da soldagem.
A invenção pode ser mais bem compreendida através da seguinte descrição detalhada, em consonância com as figuras 1 e 2, em que:
Figura 1 - representa a forma de onda de corrente elétrica de soldagem (A) imposta pelo sistema de manutenção e controle, e a tensão resultante (B).
Figura 2 - mostra a dinâmica da transferência metálica, detalhando-se o estado do material transferido e da poça metálica (b) em cada uma das 8 etapas, Base (1);
Formação (2); Estricção (3); Reignição (4); Pulso (5); Primeira queda de corrente (6); Patamar (7); Segunda queda de corrente (8).