Projeto
realizado para a Empresa IMC-Soldagem,
recebe prêmio BITEC Regional e parte para o Nacional
O
Projeto "Bolsas IEL-SEBRAE-CNPq para
o Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico
de Micro e Pequenas Empresas-BITEC",
que no ano 2000 permitiu a atuação
de 395 estudantes de graduação
em 344 empresas de todos os Estados do
País, prevê, em seu ncerramento,
a premiação dos professores
que orientaram os melhores trabalhos desenvolvidos
em cada Região e, dentre esses,
um em nível nacional. A indicação
dos vencedores baseou-se nas informações
contidas nos relatórios técnicos
e avaliações finais, e priorizou
o caráter tecnológico dos
trabalhos desenvolvidos. Sendo assim, o
Professor Jair Carlos Dutra, do Curso de
Engenharia Mecânica da Universidade
Federal de Santa Catarina-UFSC , supervisor
do Laboratório de Soldagem da mesma
( LABSOLDA ), receberá o prêmio
no valor de R$ 4.000,00 pela orientação
ao trabalho que mais se destacou na Região
Sul: "Desenvolvimento de um Sistema
de Movimentação Automática
em Dois Eixos para Aplicação
em Processos de Soldagem", desenvolvido
para a empresa IMC-Soldagem pelo estudante
de graduação em Engenharia
Elétrica Paulo Roberto Armanini
Júnior. Os prêmios serão
entregues em cerimônia a ser realizada
no próximo dia 29 de maio, em Brasília,
ocasião em que será conhecido
o vencedor nacional. O projeto visou o
desenvolvimento de um sistema de movimentação
automática em dois eixos para aplicação
em processos de soldagem e corte. Este
sistema, o qual foi batizado por TARTÍLOPE
V2, é constituído por um
trilho, sobre o qual se desloca um carro
trator, conforme figura 1.
Figura 1: TARTÍLOPE
V2
Tem característica de alta mobilidade, podendo ter seu
trilho fixado através de diferentes meios, em superfícies colocadas
em qualquer posição. O objetivo do sistema é o de oferecer
ao mercado uma opção de equipamento versátil a baixo custo
para as aplicações mencionadas, onde em muitos casos, os usuários
pensariam em um robô, mas não concretizariam o intento em face do
custo deste último. O sistema TARTÍLOPE vem suprir uma lacuna nacional
em equipamentos de baixo custo para a automatização da soldagem.
Da versão atualmente pronta com trilho rígido, se evoluirá para
uma versão de trilho flexível, adaptando-se aos perfis de curvatura
de uma variedade de peças reais. Neste caso, se tem uma aplicação
de extraordinária relevância, que envolve a empresa IMC - Engenharia
de Soldagem, Instrumentação e Automação Ltda. e o
LABSOLDA - Laboratório de Soldagem/UFSC. Trata-se da recuperação
das partes erodidas por cavitação de turbinas hidráulicas,
para a qual a IMC e o LABSOLDA desenvolveram um sistema (Processo e equipamento)
especial, já há mais de três anos em aplicação
nas usinas da GERASUL - Centrais Geradoras do Sul do Brasil e da CESP - Companhia
Energética de São Paulo. Com a utilização do TARTÍLOPE
V2, algumas partes a serem recuperadas das turbinas poderão ser realizadas
em muito menos tempo, fator deveras importante nos dias de hoje de escassez energética,
e com qualidade superior a atual, que é realizada manualmente. Quando
utilizado em operações de soldagem, o TARTÍLOPE V2 pode
fazer uso do movimento de tecimento para alargar o cordão depositado.
Este movimento pode-se afigurar em três tipos básicos, conforme
a figura 2. Para utilização em operações de corte,
seja oxi-corte ou corte à plasma, o TARTÍLOPE V2 disponibiliza
em sua memória figuras geométricas padrões, como retângulo,
triângulo e círculo. Com isso, o operador necessita fornecer somente
o tipo de figura, os parâmetros geométricos correspondentes e a
velocidade de corte desejada. Entretanto, mediante o acoplamento a um microcomputador,
o TARTÍLOPE V2 pode ser programado para a execução de cortes
com qualquer forma geométrica.
Figura 2: Tipos de tecimento
que podem ser executados com o Tartílope
V2.
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